Exposição selectiva à desinformação
É quando
alguém simplesmente prefere ler ou não ler ou expor-se à uma determinada
informação ou situação com medo de mudar de opinião ou por não gostar do
emissor. Tal é a predisposição de muitos jovens cidadãos que, devido ao seu
estado excessivamente polarizado, confundem crença com verdade ou opinião com
facto. Fazem-no para proteger os seus preconceitos que lhes são funcionais à
medida que torna inteligível a sua cosmovisão. Mas aqui está o problema. A
tendência global desse fenómeno é assustadora. O paradoxal declínio da leitura
é uma realidade; a abundância da informação contrasta com a cada vez perda da
atenção; as teorias de conspiração dominam as cabeças dos mais férteis
intelectuais e a fuga ao debate ancorado em factos parece ser a alternativa ao pensamento
indolente.
O que
estamos a plantar hoje, pode nos custar muito caro dentro de uma década, onde
poderemos ter uma juventude sem norte, birrenta e desprovida de nenhuma
capacidade de pensamento critico e de solução de problemas; habilidades cada vez
mais exigidas nesta nova economia.
Eu estou
preocupado com esse novo exército de analfabetos funcionais. Estou preocupado
com a REVOLUÇÃO DOS PORCOS Animal Farm, romance de George Orwel publicado 1945
conta a história de um grupo de animais de fazenda que se rebelam contra seu
fazendeiro humano, na esperança de criar uma sociedade onde os animais pudessem
ser iguais, livres e felizes. Por fim, porém, a rebelião foi traída e a fazenda
acabou num estado tão ruim quanto antes, sob a ditadura de um porco chamado
Napoleão.
Egidio Vaz
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