Luísa Diogo aponta os caminhos do “segredo do sucesso”


O quarto painel do segundo e último dia da terceira edição do Mozefo teve como tema “Perspectivas económicas regionais para a África subsaariana 2030: Desafios e Oportunidades para Moçambique”.
Para superar os desafios e absorver as oportunidades, a antiga Primeira-Ministra de Moçambique, Luísa Diogo, destacou entre vários pontos a criação de emprego, habitação e formação para a juventude.
E para que o crescimento da economia tenha resultados esperados Luísa Diogo, diz que é necessário ter projectos bem estruturados e com boas parcerias.
“A parceria é fundamental. Quando fazemos parceria podemos conhecer pontos fracos, oportunidades que o parceiro tem a nos dar.  O segredo do sucesso é quando os parceiros se conhece”,
De acordo ainda com a antiga governante, Moçambique regista um crescimento económico muito atractivo. “Com a paz, houve um controlo da situação macroeconómica e isso ajudou para que as pessoas pudessem tomar suas iniciativas. Houve programas visionários que permitiram que Moçambique pudesse trazer resultados”.
Ainda sobre o mesmo tema, o director do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Selassie, destacou os níveis de crescimento da economia moçambicana que chegou a uma média de 7% no passado.
Actualmente, segundo o quadro-sénior do FMI, as projecções do crescimento económico de Moçambique para os próximos anos são altas, devido ao início de produção dos projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, bem como o acordo de paz assinado entre o Governo e a Renamo.
“Moçambique é visto como maior exportador de Gás Natural Liquefeito e isso pode trazer uma transformação económica, desenvolver o país”, disse.
Em relação a corrupção, o orador defende que o Governo moçambicano deve combater a corrupção. Mas isso é também uma responsabilidade de todos moçambicanos.
“O combate a corrupção deve se manter no topo da agenda entre as entidades globais. A facilitação de comércio na nossa região precisa ser facilitado. Temos que ter uma resiliência económica para melhor navegarmos na economia global. Os desafios que Moçambique encara são partilhados em vários países, o fraco desenvolvimento do sector privado, o desemprego e a criação de riqueza para moçambicanos”, acrescentou.
Para “aquecer” o debate, José Chichava, académico a antigo ministro de Administração Estatal foi buscar o objectivo 16 do desenvolvimento sustentável, que fala da consolidação da paz, acesso a justiça, edificação de instituições fortes, credíveis e eficazes.
“Precisamos garantir que a tomada de decisões sobre questões económicas as pessoas deve sentir que algo lhes representa de forma transparente. O nosso país precisa de políticas que ampare o sector privado e esse mesmo sector deve ser acarinhado”, defendeu Chichava.
José Chichava defende ainda que o Estado e o sector privado devem crescer em conjunto.
Para o antigo ministro, o sector informal tem um papel crucial na economia do país. Por isso, segundo o académico, o sector informal não devia ser formalizado mas sim devia-se criar melhorias para o funcionamento do mesmo.

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